É tudo novo

Esses dias revi o documentário Ensolarado Byte, sobre a relação de música e tecnologia presente em Recife. Muito bom.

DJ DoloresTem um depoimento nesse vídeo que achei muito bom e tinha me esquecido, dessa vez vou escrever pra ver se guarda na memória. É quando DJ Dolores se refere a fácil rotularização que a música dele muitas vezes tem de “unir o tradicional ao moderno”… ou “o antigo ao novo”. “Como se tocar rabeca não fosse uma coisa contemporânea!”, ele diz.

Acho essa reflexão importantíssima. Ele, ao colocar no palco, ao mesmo tempo, Lia de Itamaracá, ou um rabequeiro, para tocar junto com seus samples e parafernalha eletrônica, está, de fato, misturando duas linguagens contemporâneas. A rabeca é mais antiga, mas não é coisa do passado.

Os maracatus são antigos, mas não são coisas do passado. São expressões culturais atuais, vivas, que influenciam e são influenciadas por outras. Expressões tão atuais quanto web-art ou qualquer outra arte eletrônica.

Mestre Salustiano é contemporâneo de Kraftwerk!

Leo,,

É tudo novo

Começando uma Segunda Vida

Há pouco mais de uma semana entrei pra ver como é que era esse tal de SecondLife. De lá pra cá, nas minhas andanças pelo mundo virtual, esbarrei com muita coisa realmente interessante e devo dedicar vários posts separados nesse blog pra narrar essas experiências.

SecondLife basicamente é um mundo em 3 dimensões onde milhares de pessoas podem estar conectadas simultâneamente e interagir umas com as outras. Tecnicamente é igual a um MMORPG, só que não há um objetivo ou um papel que você tenha que escolher no “jogo”, há simplesmente um mundo de possibilidades a serem exploradas. Por isso não é muito comum alguém se referir a ele como um jogo.

Além disso, outras duas coisas fazem do SecondLife um ambiente único.

A primeira é sua arquitetura aberta. Todo o mundo é construído pelos próprios “jogadores” (ou residentes). Qualquer um pode construir uma mesa, um copo, um carro, um avião a jato… qualquer coisa. Apenas para construir casas, e para ter um terreno, é que é preciso desembolsar algum dinheiro.

Além de construir coisas é também possível fazer “scrips” de programação, que podem controlar objetos ou personagens. Esses scrips podem fazer você dançar melhor, fazem com que seu carro ande quando você aperta a tecla para cima no teclado, etc. As possibilidades são gigantescas…

Camisetas SecondLifeA segunda diferença é o claro viés econômico que tem o SecondLife. Já existem pessoas ganhando muito dinheiro real no mundo virtual. É o caso de pessoas que constroem móveis para vender, roupas, jóias, acessórios sexuais, etc. Tem também as prostitutas, os cafetões, os DJs, etc… Uma média de US$600.000 dólares são gastos diariamente dentro do SecondLife! (na imagem, camisetas de times brasileiros de futebol a venda)

Existem também exposições de arte, shows ao vivo, palestras, residências… Muita coisa. E apesar de, em grande parte dos casos, o ambiente ser usado como um orkut em 3D, muitas possibilidades ainda não foram exploradas.. ou estão apenas no começo…

Leo,,

Começando uma Segunda Vida

Um bom precedente na Espanha

Olha aí um bom precedente aberto na Espanha:

Uma iternauta foi absolvida por ter baixado e distribuído músicas em redes P2P.

A juíza justificou a absolvição com o facto de criminalizar o download e a distribuição de músicas da Internet sem qualquer interesse lucrativo implicaria a criminalização de um comportamento socialmente aceite, que apenas pretende obter músicas para usufruto privado.

Fonte: Exame Informática

Leo,,

Um bom precedente na Espanha