Acabei de ler, e recomendo, os textos do Felipe Fonseca, que dão um panorama da evolução da visão estratégica da cultura digital (no sentido mais amplo do termo) no Brasil e o que deve vir nos próximos ano.
O Efeefe é um dos fundadores, entre outra coisa, da rede Metareciclagem, que influenciou muitas (muitas mesmo) iniciativas de “inclusão digital” no Brasil e no mundo.
O texto é dividido em duas partes:
- Parte 1: a década que foi;
- Parte 2: hojes e depois.
E aqui foi o comentário que deixei pra ele:
Salve,
Muito bons os textos. Dá uma visão histórica boa pra quem vê hoje o cenário das ações de “inclusão digital” brasileira e não tem ideia de que o que hoje é consenso, ontem era idealismo.
Queria destacar alguns pontos:
“E necessária a compreensão de que o acesso à informação não basta – precisamos é de participação, cotidianos compartilhados e aprendizado em rede.”
É isso! E isso tem menos a ver com programas de capacitação do que com a emergência de uma cultura de aprendizado coletivo e experimentação. As LAN houses podem ter um potencial grande nisso aí…
No segundo texto eu achei que você amarra muito bem o surgimento da possibilidade de fabricação caseira de utensílios (open hardware, impressoras 3D, etc) com a tal da criatividade brasileira. Isso realmente pode dar muito pé. E isso só se desenvolve coletivamente.
Gostei muito, mas muito mesmo, de um pequeno comentário que você fez sobre esses núcleos: o de que eles “não podem ter medo de gerar renda, criar novos mercados.” – Isso é um ranço do qual precisamos nos livrar aqui no Brasil: “Se é social, ou se é pra pobre, não pode dar dinheiro. As empresas são do mal”. Eu venho pensando, falando e experimentando várias coisas nesse sentido e já tem até um texto em gestação sobre como o modelo jurídico de empresa pode ser muito mais interessante, flexível, eficiente, saboroso e cheiroso do que o terceiro setor.
valeu pelo texto.
Leo,,